sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

PRESA INJUSTAMENTE, IDOSA FOI AMEAÇADA E PERSEGUIDA NA PRISÃO: “ELA ESTAVA DETERIORADA”

A idosa Lucélia Maria, que passou quase 5 meses presa após ser vítima de um plano orquestrado por um casal, o qual culminou na morte de 8 pessoas em Parnaíba (PI), recebeu “ameaças veladas, ameaças diretas” e houve noites que não conseguiu dormir enquanto esteve na Penitenciaria Feminina de Teresina. A defesa dela, representada pelo Dr. Sammai Cavalcante, deu detalhes:

Lucélia Maria passou quase 5 meses presa injustamente | Foto: Saymon Lima / Portal Meio News

Hoje, a Lucélia vem se reconstruindo como pessoa, desde quando saiu do carcere no início do mês passado, ela estava muito deteriorada, o emocional dela, só realmente Deus e a dona Lucélia sabem o que ela passou. [Dona Lucélia] me confidenciou coisas que realmente eu prefeito nem mencionar, ela ouviu ameaças, apesar da penitenciaria de Teresina ter zelado pela segurança dela.

PEDIDO DE INDENIZAÇÃO

Em entrevista ao Patrulha, da Rede Meio, a defesa de Lucélia explicou acerca do pedido de indenização à idosa. Quando foi presa, em agosto de 2024, ela teve a casa incendiada por populares. Apesar dos danos materiais, Cavalcante afirmou que o dano maior foi moral: “Quanto valeria passar um dia preso sendo inocente?”. 

Tinha nessa casa, fogão, geladeira, televisor, cama, utensilio, o dano é mensurável [...] no campo moral, o sofrimento de uma pessoa que se manteve naquela situação que a Lucélia esteve, esse pedido deve ser maior, deve ser estendido [...] é um valor que não tem medida [...] a Lucélia tem direito a ser indenizada, e existe uma constituição penal no código civil que reza que uma pessoa que teve os seus direitos, que foi atingida de qualquer maneira, ela deve ser reparada principalmente quando esse erro provem do estado onde a responsabilidade é objetiva [...] Lucélia se declarou inocente desde o primeiro dia, e a defesa sustentou.

O QUE ACONTECEU?

A idosa foi solta em 13 de janeiro de 2025, quase cinco meses depois, após o laudo pericial constatar que os cajus doados por ela as vítimas,  Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel de 7 anos, não estavam envenenados. Os avós dos meninos foram presos acusados do crime. 

ENTENDA O CASO NO INFOGRÁFICO ABAIXO:

Portal Meio News

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