segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

JUSTIÇA MANDA SOLTAR MULHER ACUSADA DE ENVENENAR DUAS CRIANÇAS EM PARNAÍBA, NO PIAUÍ

Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, acusada de envenenar dois irmãos de 8 e 7 anos em Parnaíba, no litoral do Piauí, teve soltura determinada pela Justiça do Piauí nesta segunda-feira (13). A decisão foi assinada pela juíza Maria do Perpétuo Socorro Ivani Vasconcelos, da Primeira Vara Criminal de Parnaíba.

Acusada de matar irmãos no PI deixa a Penitenciária Feminina Gardênia Gomes, em Teresina, por determinação da Justiça após laudo descartar veneno em cajus — Foto: Lívia Ferreira/ g1 Piauí

A decisão foi expedida após um laudo do Instituto Médico Legal (IML), feito cinco meses depois da morte dos meninos, descartar a presença de veneno nos cajus que teriam sido entregues a eles pela vizinha. Esse resultado saiu um dia após Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto da mãe das crianças, ser preso como principal suspeito de envenenar um baião de dois, ingerido por quase toda a família, em um almoço no dia 1 de janeiro deste ano, o que resultou na morte de quatro pessoas.

O advogado de defesa de Lucélia, Sammai Cavalcante, comentou que a investigação do envenenamento da mãe das crianças e de outras pessoas da mesma família desencadeou a perícia do IML, que indicou que os cajus não estavam envenenados.

Agora, a investigação do caso dos irmãos mortos em agosto e novembro de 2024 foi reaberta e as suspeitas do crime anterior também recaem sobre Francisco. A penitenciária feminina de Teresina, onde Lucélia está presa, já foi comunicada do alvará de soltura e ela deve ser colocada em liberdade em breve.

O advogado da mulher afirmou ao G1 que, assim que ela for solta, ficará na casa de uma parente, já que sua residência foi praticamente destruída por moradores da região revoltados com a morte das crianças.

Lucélia está presa desde agosto de 2024 e foi denunciada pelo Ministério Público do Piauí por duplo homicídio qualificado, com audiência de instrução e julgamento do caso marcado para o dia 23 de janeiro. Com o resultado do laudo dos cajus, o próprio Ministério Público pediu a revogação da prisão da acusada. A defesa da mulher afirmou que, após a confirmação de sua inocência, pretende buscar ressarcimento pelos danos causados a ela, como a destruição da sua casa.

Por Bruna Lira — Fortaleza

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